A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, retirou o direito ao aborto da declaração do Grupo dos Sete (G7) em uma reunião em Borgo Egnazia realizada na sexta-feira (14). A decisão foi resultado de uma disputa diplomática entre a Itália e a França, comandada pelo presidente Emmanuel Macron, que forçava à inclusão do termo na declaração oficial do encontro.
O governante francês disse “lamentar” a posição italiana. Ele foi acusado por Meloni de “fazer campanha utilizando um fórum valioso como o G7” antes do primeiro turno das eleições legislativas francesas que se fará realizar no dia 30 de junho.
A Itália resistiu à pressão francesa e argumentou que não havia necessidade de repetir a linguagem do ano anterior, quando os líderes se comprometeram com “o acesso universal a serviços de saúde adequados, acessíveis e de qualidade para as mulheres” na cúpula em Hiroshima, Japão. No entanto, o comunicado de 2023, omitiu a menção específica à importância do “acesso ao aborto seguro e legal e aos cuidados pós-aborto”.
O parlamento italiano, sob sua liderança de Giorgia Meloni, debate um projeto de lei para criminalizar a prática de barriga de aluguel no estrangeiro. De acordo com diplomatas, a França e o Canadá tentaram reforçar a linguagem sobre o direito ao aborto, mas não conseguiram vencer a resistência italiana.
Com informações: Brasil sem Medo (17.06.24)
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