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Tuesday, October 17, 2023

Você sabe por que Israel e Palestina estão em guerra? Descubra os principais pontos do conflito mais complexo e duradouro do mundo

A origem da guerra em Israel é um tema complexo e controverso, que envolve questões históricas, religiosas, políticas e territoriais. Não há uma resposta simples ou definitiva para essa pergunta, mas vou tentar resumir alguns dos principais pontos que podem ajudar a entender o conflito.

Imagem gerada por dall-e 3


  • O território onde hoje se localiza Israel já foi habitado por diversos povos ao longo da história, como hebreus, filisteus, romanos, árabes, cruzados, otomanos e britânicos. Cada um desses povos deixou sua marca na cultura, na religião e na identidade da região.

  • Os hebreus, que são os ancestrais dos judeus, chegaram à região por volta do século XIII a.C. e estabeleceram os reinos de Israel e Judá. Esses reinos foram conquistados e destruídos por diversos impérios, como o assírio, o babilônico, o persa, o grego e o romano. Os judeus foram expulsos de sua terra natal várias vezes, iniciando um processo de dispersão pelo mundo conhecido como diáspora.

  • Os filisteus, que são os ancestrais dos palestinos, eram um povo de origem indo-europeia que se estabeleceu na costa do Mediterrâneo por volta do século XII a.C. Eles entraram em conflito com os hebreus e foram derrotados pelo rei Davi. Eles foram assimilados pelos povos que dominaram a região posteriormente, como os árabes e os otomanos.

  • A região foi dominada pelos árabes muçulmanos a partir do século VII d.C., que introduziram o islamismo como a religião predominante. A região também foi alvo das cruzadas cristãs entre os séculos XI e XIII, que tentaram retomar os lugares sagrados para o cristianismo. A região ficou sob o controle do Império Otomano entre os séculos XVI e XX, até a Primeira Guerra Mundial.

  • Após a Primeira Guerra Mundial, a região passou a ser administrada pela Grã-Bretanha, que recebeu um mandato da Liga das Nações para preparar a população local para a independência. Nesse período, houve um aumento da imigração judaica para a região, motivada pelo sionismo, um movimento nacionalista que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina. Os árabes palestinos se opuseram à imigração judaica e aos planos britânicos de partilha da terra.

  • Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a ONU propôs em 1947 a divisão da Palestina em dois Estados: um judeu e um árabe. Os líderes judeus aceitaram a proposta, mas os líderes árabes a rejeitaram. Em 1948, os judeus declararam a independência de Israel, provocando uma guerra com os países árabes vizinhos. Israel venceu a guerra e ampliou seu território além do previsto pela ONU. Cerca de 700 mil palestinos fugiram ou foram expulsos de suas casas durante a guerra.

  • Desde então, houve várias guerras e conflitos entre Israel e os países árabes, como a Guerra dos Seis Dias (1967), a Guerra do Yom Kippur (1973), a Guerra do Líbano (1982) e as duas Intifadas (1987-1993 e 2000-2005). Israel ocupou territórios como Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Colinas de Golã e Sinai. Alguns desses territórios foram devolvidos ou negociados posteriormente, mas outros permanecem sob controle israelense até hoje.

  • A questão palestina se tornou um dos principais focos do conflito. Em 1964, foi criada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que reivindicava a criação de um Estado palestino independente em toda a Palestina histórica. A OLP recorreu à luta armada contra Israel e realizou atentados terroristas dentro e fora da região. Em 1988, a OLP reconheceu Israel como um Estado e aceitou uma solução de dois Estados baseada nas fronteiras de 1967. Em 1993, a OLP e Israel assinaram os Acordos de Oslo, que previam a criação de uma Autoridade Nacional Palestina (ANP) para administrar os territórios palestinos e a negociação de questões como fronteiras, refugiados, segurança e Jerusalém.

  • Os Acordos de Oslo não foram implementados integralmente e as negociações de paz entraram em impasse. A violência entre israelenses e palestinos continuou, com ataques suicidas, operações militares, construção de assentamentos, muro de separação e bloqueio econômico. Em 2006, o Hamas, um grupo islâmico radical que não reconhece Israel e defende a resistência armada, venceu as eleições palestinas e assumiu o controle de Gaza. O Hamas entrou em conflito com a Fatah, o partido secular que lidera a OLP e a ANP e que controla a Cisjordânia. O Hamas também lançou foguetes contra Israel, que respondeu com ataques aéreos e invasões terrestres. A última guerra entre Israel e Hamas ocorreu em 2023, deixando centenas de mortos e feridos.

  • O conflito entre Israel e Palestina é considerado um dos mais complexos e duradouros do mundo. Ele envolve questões como o direito à autodeterminação, a segurança nacional, a justiça histórica, a identidade religiosa, o destino dos refugiados, o status de Jerusalém e o papel da comunidade internacional. Há diferentes visões e propostas para resolver o conflito, como a solução de dois Estados, a solução de um Estado binacional, a confederação regional ou o reconhecimento mútuo. No entanto, nenhuma dessas soluções parece viável ou aceitável para todas as partes envolvidas no momento.

Espero ter ajudado a esclarecer um pouco sobre a origem da guerra em Israel. Se você quiser saber mais sobre o assunto, você pode consultar os seguintes sites: