Cristãos precisam de ajuda emergencial em Bangladesh

Parceiros locais da Portas Abertas pedem com urgência que oremos por Bangladesh. A crise começou com protestos contra corrupção do governo que rapidamente se tornaram violentos. A população reclama do privilégio de vagas de estudos e de trabalho para filhos de militares que lutaram na guerra de independência em detrimento da população geral que se esforça para conquistar espaço no Ensino Superior.

Milhões de cidadãos continuaram a tomar as ruas para manifestar a insatisfação geral. A demora para formar um governo interino também tornou a situação ainda mais complicada. Edifícios do governo começaram a ser depredados e a casa da ex-primeira-ministra foi invadida na capital de Bangladesh, Daca.

Ao menos 110 pessoas foram mortas em meio à violência. O domingo (4) foi o dia mais letal da história recente de Bangladesh, com 90 mortes. Grupos radicais também têm se aproveitado da instabilidade para atacar cristãos e outras minorias.

Novo governo interino

Parceiros locais estão trabalhando arduamente para ajudar os cristãos perseguidos que precisam de ajuda. “Estamos procurando formas de ajudá-los para que possam sobreviver à emergência. Até os nossos supervisores foram forçados a dar as motocicletas que receberam com apoio da Portas Abertas para os radicais”, conta um parceiro local.

Na quinta-feira (8), por volta das oito horas da noite, o professor Muhammad Yunus foi declarado o líder do governo interino, três dias depois da renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina. A ordem ainda não foi restabelecida e os policiais se recusam a voltar ao serviço sem o cumprimento de nove demandas. Entre as demandas estão a indenização para as famílias dos policiais assassinados nos protestos e que ao menos um dos membros da família possa ocupar o posto dos oficiais mortos.

Apesar das solicitações, eles foram instruídos a voltarem aos postos em 24 horas para a cerimônia de posse do governo interino. Durante o dia, os estudantes têm contribuído com um papel vital no controle do sistema de trânsito nas cidades. As estradas estão com poucos carros, pois as pessoas estão com medo de circular sem os agentes de segurança e pela instabilidade política.

“Ninguém está seguro”

Ladrões têm se aproveitado da crise para os furtos e roubos, muitas vezes à mão armada. Por isso, moradores se organizaram em turnos durante a noite para vigiar as casas, ainda assim, não tem sido suficiente para garantir a segurança de que precisam.

Muitos cristãos têm sido atacados no momento sem lei. Parceiros locais os orientaram a permanecer em casa para a própria segurança e estão trabalhando ao máximo para contatar cada cristão local e saber se estão em segurança.

Um parceiro local no Norte de Bangladesh relatou que um cristão indígena quase foi morto por um extremista que o agarrou pelo pescoço com uma faca. Outro parceiro local relatou que uma família de jovens cristãos foi atacada na segunda-feira (5), também no Norte de Bangladesh, porque não havia autoridade alguma para protegê-los. “Ninguém está seguro, especialmente os grupos minoritários. Eles estão vulneráveis e são alvos fáceis para os agressores”, disse um parceiro local.

Ajude quem mais precisa  

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Fonte: Portas Abertas

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