Extremistas hindus estabeleceram a meta de “limpar” a Índia dos cristãos. Porém, diante de uma pressão severa, seguidores de Jesus no país não apenas mantêm sua fé, mas também espalham a palavra. Evangelistas corajosos e dedicados encaram grandes perigos a fim de que pessoas encontrem a Jesus.
“Extremistas hindus odeiam Jesus e aqueles que propagam o evangelho”, disse Sachin Pal*, evangelista indiano que sabe muito bem sobre o assunto. Extremistas o emboscaram em uma manhã enquanto pregava em uma igreja. Ele foi espancado até cair desacordado, então jogaram água no rosto dele para fazê-lo recobrar a consciência e continuar a espancá-lo com bastões de metal. Um dos agressores estava prestes a acertá-lo com um machado quando a polícia chegou. Em vez de ajudá-lo, a polícia o acusou de conversão forçada e o levou à delegacia. “Por causa das suas lesões, não vamos espancá-lo também, mas você será punido”, disseram. Sachin passou três semanas na prisão sem acusações.
Pastores e evangelistas como Sachin vivem perigosamente na Índia. Frequentemente, eles são alvos de ataques de extremistas hindus, não apenas para tentar impedir a propagação do evangelho, mas também para intimidar a comunidade. Extremistas não atacam apenas pastores, mas também suas famílias. Eles usam de violência sexual contra esposas e filhas para impor um estigma de vergonha na família e punir o pastor por seu ministério.
Além disso, leis anticonversão atrapalham muito o ministério, mesmo assim, pastores e suas famílias estão dispostos a enfrentar grandes riscos para que outros ouçam as boas-novas de Jesus.
Levando boas-novas aos pobres
Outro evangelista que conhecemos é Kabir Rao*. Cerca de um ano após decidir viver com Jesus, Deus colocou Isaías 61.1-2 em seu coração. Como está escrito na passagem, Kabir entendeu que sua missão era “levar boas-novas aos pobres, para consolar os de coração quebrantado, proclamar libertação aos cativos, […] confortar todos os que choram”. Ele obedeceu e começou a evangelizar nos vilarejos ao redor há 13 anos e não tem intenção de parar.
Ele conhece bem as dificuldades do ministério: jornadas longas e árduas até vilarejos remotos ou lugares onde é ameaçado porque as pessoas não querem nada com Jesus. Mas também experimentou momentos de alegria que fazem tudo valer a pena: como quando pessoas aceitam a Jesus como Salvador e o evangelho se espalha. Kabir conta sobre um vilarejo que tinha inicialmente apenas duas cristãs idosas. Por meio do testemunho dele, um rapaz alcóolatra encontrou Jesus e teve sua vida transformada. “Os moradores do vilarejo ficaram maravilhados em ver como Deus mudou aquele homem.” Por conta disso, 25 famílias do vilarejo tornaram-se cristãs.
Avivamento e perseguição
Kabir construiu uma cabana para as reuniões da igreja recém-formada, porém, nacionalistas hindus a destruíram, o que é um problema recorrente. Quando deseja construir locais de reunião para cristãos recém-convertidos, extremistas hindus incitam a população a impedir a construção.
Sachin também tem dificuldades para encontrar um lugar para encontros de oração. Quando saiu da prisão, a perseguição não acabou. Os agressores extremistas o tornaram novamente um alvo. Eles o seguiam e vigiavam locais onde Sachin se encontrava com outros cristãos. “Eu já mudei o local do encontro de oração 18 vezes. Eles me seguem, interrompem reuniões de oração, me ameaçam e vandalizam os locais”, diz Sachin. Eles ameaçaram usar violência, atirar nele ou matá-lo de outras formas.
Kabir explica o que está por trás destes ataques. “Extremistas hindus têm medo de que mais pessoas buscarão a Jesus e irão à igreja se houver um local permanente para culto. Dessa perspectiva, as dificuldades que Kabir, Sachin e outros evangelistas experimentam são um sinal positivo. Elas significam que seu ministério está frutificando, o que gera resistência.
*Nomes alterados por segurança.
Fonte: Portas Abertas
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