Nos últimos meses, autoridades confiscaram mais de 15.000 Bíblias


MALÁSIA (*) - Nos últimos meses, as autoridades malásias confiscaram mais de 15.000 Bíblias que fazem referência a Deus como “Alá”. De acordo com o pastor Hermen Shastri, secretário geral do Conselho de Igrejas da Malásia, cerca de 10.000 Bíblias foram confiscadas pelas autoridades da Indonésia no dia 11 de setembro. As outras 5.100 Bíblias, também da Indonésia, foram confiscadas em março, segundo um anúncio oficial da Sociedade Bíblica da Malásia. Na Malásia, as publicações cristãs não podem usar a palavra “Alá” para fazer referência a Deus. O governo sustenta que ela deve ser usada exclusivamente pelo islamismo, mas os cristãos argumentam que Alá não pertence somente ao islamismo porque é uma palavra árabe que já existia antes da religião. As Bíblias que foram confiscadas estavam no idioma malaio, língua oficial do país, em que a palavra para Deus é “Alá”. “O idioma malaio vem do árabe, assim com o Sânscrito e o português. Nós afirmamos que a comunidade tem o direito de utilizar essa palavra”, declara Shastri. “Creio que essa questão provocou discórdia na comunidade muçulmana, que a interpreta como um cerco às crenças islâmicas.” O governo afirmou que o uso da palavra “Alá” em publicações cristãs pode confundir os muçulmanos e fazer com que as ideias cristãs sejam mais interessantes para eles. Cerca de 60% da população da Malásia é muçulmana, e 9%, cristã. Os budistas formam 19% e os hindus, 6% da população. As Bíblias confiscadas são o acontecimento mais recente em uma longa batalha entre a comunidade cristã e o governo por causa do uso da palavra “Alá”. O jornal católico “The Herald”, está enfrentando um processo judicial há dois anos, depois que o governo ameaçou anular a licença do jornal por ter usado a palavra Alá em sua edição malaia. No entanto, Shastri diz: “Para a maior parte dos cristãos, essa não é uma questão para ir contra as autoridades. Eles já usam a palavra Alá há muitos anos”. Tradução: Missão Portas Abertas


* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.
Fonte: Christian Post

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